Notícias Notícia escolhida: 44102159 (ID)
Projeto da EAJ-UFRN leva à sociedade conhecimentos para estimular o consumo de camarões no Brasil

PROAQUA EAJ-UFRN

O projeto se apresenta como um transmissor de informações seguras e confiáveis para produtores e consumidores, além de trazer pesquisas qualificadas em relação a aspectos do consumo.


 


Por Ramon Soares - Comunicação EAJ


 


Nos últimos anos, a carcinicultura brasileira vem ocupando novos espaços e trazendo outras perspectivas para a produção de camarões. O desenvolvimento de novas formas produtivas e o aumento da demanda nacional são alguns dos principais fatores que explicam o crescimento da atividade econômica nos últimos anos.


A partir disso, diversos projetos acadêmicos estão sendo realizados para um desenvolvimento seguro e proveitoso da carcinicultura no Brasil. O projeto "PROAQUA: utilização, aplicação e mercado para o camarão cultivado", realizado na Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ-UFRN), surge como um contribuidor e disseminador de conhecimentos na área. Também se apresenta como estimulador de consumidores e produtores, buscando mostrar o potencial produtivo que a atividade econômica possui.


Coordenado pelo professor Rodrigo Antonio P. de L. F. de Carvalho, o projeto foi criado em junho de 2020 e conta com a participação de professores, técnicos e discentes do curso técnico em aquicultura e alunos da graduação de Nutrição, proporcionando aos envolvidos a oportunidade de atuar ativamente na disseminação das informações. O professor Rodrigo acredita que, apesar do crescimento da produção e da comercialização do camarão, algumas informações não atingem os consumidores de maneira qualificada e esta suspeita ficou mais evidente com o crescimento da comercialização do camarão diretamente para o consumidor durante a pandemia do coronavírus. “Nós temos visto lives, divulgações e propagandas, mas ainda é preciso esclarecer alguns aspectos e passar novas informações, que temos acesso com qualidade e que ajudam a promover o camarão”, conta.


O PROAQUA funciona através de três tarefas principais, pensadas para melhor atuação do projeto enquanto atividade informativa. As tarefas são divididas em A, B e C, e são separadas por setores do consumo: utilização, aplicação e mercado. A tarefa A, utilização, está relacionada à agregação de valor e de qualidade do camarão, visando a melhor utilização possível do produto. A tarefa B, aplicação, por outro lado, busca apresentar os benefícios e os riscos trazidos através do consumo de camarões, além de buscar esclarecer mitos criados sobre alergias e problemas de saúde relacionados ao camarão. Já a tarefa C, mercado, propõe um estudo mais aprofundado, através de pesquisas, para entender o hábito do consumidor de camarão, como preferências de tamanho e a frequência de consumo. As informações pesquisadas e colhidas, que são de interesse do público consumidor, como o projeto apresenta, são divulgadas para atingir cada vez mais pessoas.


Devido à pandemia do coronavírus, todas as atividades estão sendo realizadas através dos meios digitais e de maneira remota, por meio de posts, lives e redes sociais (@proaquaufrn). O coordenador do projeto afirma que é um momento para fazer proveito da maior utilização do mundo digital a fim de disseminar os conhecimentos apresentados pelo projeto: “Aproveitar este momento, que as pessoas estão muito sintonizadas nas mídias eletrônicas, para passar essas informações.”


Apesar das vantagens proporcionadas pelo mundo digital, o professor Rodrigo reconhece que existem dificuldades enfrentadas para que o projeto consiga efetuar seu papel, enquanto atividade de extensão, como a ausência de consumidores nas redes sociais. Entretanto, enxerga com esperança as ideias pensadas para realização no futuro do projeto. “Nós achamos que as mídias sociais são tudo e que vamos conseguir atingir todo mundo, mas não é bem assim. Não chega a todos. E a nossa ideia, também, para não ficar só no virtual, é elaborar um pequeno manual com todas essas informações. Sobre agregação de valor, aspectos de qualidade, as dicas de aplicação. Para deixar algo físico nas mãos dos lojistas e consumidores”, comenta.


O professor Rodrigo desabafa que, em função das dificuldades trazidas pela pandemia, o projeto ainda não atingiu todos os seus objetivos e será renovado em 2021. Porém, mesmo reconhecendo as dificuldades enfrentadas no período pandêmico, espera por um futuro concreto e produtivo para o PROAQUA, com a participação de estudantes, técnicos e colaboradores que busquem ampliar os conhecimentos sobre utilização, aplicação e mercado do camarão cultivado.

(20/01/2021 às 10:07)