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Projeto de Extensão: Maricultura de Macroalgas no Nordeste do Brasil, retorna com atividades práticas

EAJ-UFRN

Na última terça-feira, 17, estudantes do curso técnico em Aquicultura da modalidade subsequente, matriculados nas disciplinas de Algicultura, Extensão Aquícola e Malacocultura, e colaboradores e estagiários, retornaram com as atividades práticas do Projeto de Extensão Macroalgas no Nordeste do Brasil, em Pitangui/Extremoz, dado que devido a pandemia do covid-19 ficaram impossibilitados de realizarem atividades de campo. 


 


O Maricultura de Macroalgas no Nordeste do Brasil, coordenado pelo professor Dárlio Inácio Alves Teixeira, é um projeto da Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ/UFRN), com ações desenvolvidas na Associação de Maricultura e Beneficiamento de Algas de Pitangui (AMBAP), localizada em Pitangui. O objetivo das atividades é desenvolver e fortalecer a tecnologia social de cultivo de macroalgas e consolidar a rede de maricultura de macroalgas na região.


 


Os alunos foram responsáveis por auxiliar na montagem da balsa flutuante, estrutura de cultivos de macroalgas, lançar e ancorar a estrutura no mar. A gracilaria, foi o gênero de macroalga cultivado, a alga possui uma grande importância comercial por ser uma rica fonte de matéria prima para produção de carragena e o agar-agar, ambos utilizados na fabricação de alimentos e na indústria química e cosmética.


 


O professor e coordenador do projeto, Dárlio Inácio, relata a importância do retorno dessas atividades no modo presencial. “Quando retomamos precisou ter muita paciência para fazer todas as articulações necessárias junto à associação e membros do projeto. Agora, conseguimos lançar a balsa no mar, e estamos muito felizes com essa ação. Acredito que daqui pra frente consigamos dar continuidade a essas atividades com grande êxito, visto que ultimamente tem aumentado a demanda nessa área”, relatou. 


 


“Percebemos uma diferença muito clara entre as aulas presenciais e as virtuais, principalmente com as atividades fora da unidade, como é o caso, em uma praia com muitas coisas diferentes, os alunos expressam claramente que gostam muito dessa ação. Para nós, também é muito bom estarmos voltando com essas atividades práticas e relacionando os projetos de pesquisa e extensão com as ações de ensino”, destacou o professor. 


 


As algas apresentam uma variedade com mais de 40.000 espécies e são responsáveis por cerca de 70 a 90% do oxigênio contido na atmosfera. No caso das macroalgas, elas estão presentes em nosso cotidiano, principalmente na indústria alimentícia, cosmética e farmacêutica, como é o caso de cremes hidratantes, pastas de dente, sabonetes, shampoos, plastificantes, isolantes, lubrificantes entre outros. Além disso, cada vez mais são temas de pesquisa por apresentarem compostos com função anticoagulante e antioxidante.


 


O projeto está sendo desenvolvido desde 2010, com a pesquisa associada em extensão para o desenvolvimento da cadeia produtiva em macroalgas. Além do curso de Aquicultura, o programa possui parceria com o curso técnico de Gastronomia e desenvolve o estudo do processamento, produzindo alimentos a partir de algas. Como também, possui a colaboração dos cursos da graduação de diferentes áreas como Engenharia de Aquicultura, Bioquímica, Ciências Sociais e Políticas Públicas da UFRN.

(19/05/2022 às 15:53)